PALAVRA DO NOSSO FUNDADOR

 

Por que sou apenas o fundador?

 

A Bíblia Sagrada tira do ser humano o direito de se sentir dono de qualquer bem. Tanto no Antigo como no Novo Testamento somos alertados para a singularidade do título de propriedade que só Deus possui sobre todos os bens da Terra e também somos informados da nossa condição de meros servos, dentre os quais, alguns têm a função de mordomos, gerentes, das riquezas de Deus.

Portanto, do ponto de vista bíblico, tomar para si o título de “dono” ou “empresário” é se apossar indevidamente de algo que só a Deus pertence de fato. Por conseguinte, fazer uso do dinheiro como se dele fosse o dono e não apenas seu gestor é uma anomalia espiritual que nega o direito dos pobres, oprime o fraco e gera injustiça social.

Por que sou apenas fundador e não o dono? Porque hoje eu reconheço que nada é meu, tudo é de Deus. Não sou dono e nem empresário, sou apenas um mordomo que recebeu a difícil missão de cuidar de alguns dos bens do nosso Senhor Jesus Cristo, transformando os recursos financeiros num instrumento de justiça para os empregados e de serviço aos pobres e necessitados.

 
Quanto ao tempo que vivi no erro, na ilusão de me sentir dono do Nordestino, pensando ser eu um empresário, eu transformo em minha oração as palavras escritas no túmulo do astrônomo polonês Nicolau Copérnico:

 

“Senhor, não desejo a bondade que tiveste para com Paulo, nem a graça que concedeste a Pedro, mas eu te peço com -fervor o perdão que deste ao ladrão que contigo estava na cruz”.

 

Por essas razões é que, na melhor e mais misericordiosa das hipóteses, sou apenas o fundador. O que passar disso será fruto do orgulho, da vaidade, do pecado.

 

Lenildo Cosme